Há tempos — muito tempo mesmo — guardo nos rascunhos um post cujo tema é “onde está Benjamin Booker“. Era 2014 (!!) quando apresentei o cara aqui no Yellow e, de lá pra cá, não tive muita notícia do que ele estaria fazendo. Até que me deparei com Witness.
Nesse tempo todo, desde o lançamento do primeiro e homônimo álbum, Booker esteve escondido demais. O cara fez shows Estados Unidos afora e até lançou um outro material, disponível apenas em vinil. Mas é que, quando ouvi seu som pela primeira vez, eu tinha uma expectativa muito grande de que ele fosse se tornar um sucesso.
E digo sucesso, assim em itálico, para mostrar que eu não pensei em Benjamin Booker como um fenômeno do blues rock – garage rock. Apenas esperava que ele fosse ser mais (re)conhecido, como aconteceu com James Bay, que surgiu mais ou menos na mesma época, tem quase a mesma idade e também não é lá muito “lugar comum”.
Eu não sei dizer se Booker preferiu se manter mais underground. Com Witness, que foi lançado em junho deste ano, ele apresenta um som um pouco mais leve, um pouco menos garage punk e um pouco mais indie rock. Quem sabe, seja a deixa para que mais pessoas o conheçam.
É também por isso que Witness está aqui. Mais uma tentativa minha de fazer com que vocês escutem Benjamim Booker. Um americano de 28 anos que parece fazer viagens no tempo através do seu som, juntando influências que vieram bem antes dele às suas vivências para produzir algo que me soa bastante singular.
A música Witness mostra um pouco da influência do som gospel e é bem agradável. Seguindo o próprio contou em longa declaração, Booker, a faixa gira em torno de duas questões: “Am I going to be a Witness?” (Eu vou ser uma testemunha) e, no mundo de hoje, “Is that enough?” (isso é o suficiente).
Minhas favoritas são Motivation, The Slow Drag Under e Believe. Porém, como sempre, não se limitem às minhas “escolhidas”. Witness é um 10 faixas de pouco mais de 30 minutos de duração.
Resolvi deixar a faixa-título em vídeo aqui para incentivar ainda mais vocês a ouvir. Não deixem de me contar o que acharam do Booker nos comentários! E ah, aos que, como eu, gostam do barulho, recomendo tirar um tempo para ouvir o primeiro álbum do cara também 🙂
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Só fui ouvir falar dele recentemente, e achei “Witness” simplesmente fantástica. Depois fui ouvir “Right on You”, e já não me empolgou tanto, mas pretendo ouvir as outras que você mencionou no post.
Cara, se você gostou de Witness, tenta tirar um tempo para ouvir o álbum todo. Porque essa sonoridade mais “gospel” também está presente em outras faixas que eu não destaquei. No fim das contas, pode ser que você não goste, mas vai que… 🙂
vou pensar no caso 🙂
Não conhecia ele, mas cliquei na musica e curti.Tava falando isso em outro blog, que blues é um estilo tao legal mas quase nao ouço.
Essa musica lembrou aqueles filmes da freira, fugiu o nome :/ lembrei ate da cena que estava todo mundo cantando na igreja.
Bjs flooor
Pri, blues é o pai de todas as músicas! Eu vivo querendo fazer um especial sobre, mas enquanto não sai, tenho alguns textos publicados aqui e no PontoJao indicando artistas do gênero 🙂
Ah faz sim que eu vou conhecendo. E lembrei o nome do filme: mudança de hábito! Como gostava de ver 💜