Se você não sabe quem é Chuck Berry, há uma chance de que conheça ao menos uma música do cara: Jhonny B. Goode, que se tornou ainda mais popular depois de aparecer no primeiro dos filmes De volta para o futuro sugerindo que Marty McFly (personagem do filme) fosse o verdadeiro criador do rock n’ roll.
Se você sabe quem é ou quem foi (infelizmente, in memorian) Chuck Berry, já imaginou ter tido a oportunidade de cantar esse hit junto com o cara? É por isso que estamos aqui para falar de Oh Yeah! Live in Detroit, mas antes…
Lendas não morrem e, por isso, o rock também não
Eu não vou entrar na discussão de se o rock está morto ou não. Podemos dizer que há pouca vida em destaque no mainstream, mas quem conhece as raízes desse gênero, sabe que é possível encontrá-lo renascendo a cada dia.
Vou apenas contar que, em 18 de março de 2017, aos 90 anos, Charles Edward Anderson Berry deixou esse mundo após ter sido indiscutivelmente reconhecido como lenda e talvez até mesmo o pai do rock n’ roll. Foram longos anos aos quais, segundo muitos acreditam, se seguiu um merecido descanso.
Como um dos pioneiros do gênero, Chuck Berry foi e seguirá sendo influência para muitos artistas, dos Beatles e os Rolling Stones a “todos os outros”, como ressalta o artigo Five legendary bands whose music wouldn’t sound the same without the late Chuck Berry (algo como Cinco bandas legendárias cujo som não seria o mesmo sem Chuck Berry).
Meses antes de morrer, Chuck Berry anunciou o seu vigésimo álbum de estúdio, o primeiro de inéditas desde 1979, intitulado Chuck, que ficou para nós quase como um presente. Uma lembrança de que as pessoas se vão, mas que lendas não morrem jamais e o rock pode seguir vivo, como tantos de nós desejamos.
Como chegamos até Oh Yeah! Live in Detroit
A essa altura, pode parecer que faria mais sentido se eu trouxesse Chuck para figurar no álbum da vez. De fato, Chuck tem sua participação no fato de estarmos aqui para falar de Oh Yeah! Live in Detroit.
Há tempos, penso em escrever sobre um show de 1969, de quando Chuck Berry se apresentou no Toronto Peace Festival. Descobri esse show no NOW, mas também é possível encontrá-lo no youtube, e já nem sei quantas vezes o assisti.
Vários fatores chamam a atenção nessa apresentação. Chuck tinha por volta de 43 anos e estava lá, homem negro “dono” do rock n’ roll, apresentando o melhor de sua música para uma platéia de brancos alucinados com cada pose do cara com sua guitarra maravilhosa.
De alguma forma, eu queria trazer um pouco da vibe do show para cá, e foi assim que chegamos a um dos álbuns ao vivo do cara.
Sobre o álbum Oh Yeah! Live in Detroit
Oh Yeah! Live in Detroit foi lançado em 2017, como álbum póstumo de Chuck Berry. Logo no início, dentro da primeira faixa Guitar Boogie, ele diz à plateia que quer ouvir o seu “eco”. Então, ele grita “oh yeah!” e o público repete. Algo similar acontece com a apresentação no festival de Toronto, quando ele pede que os presentes repitam “peace!” (paz) depois dele.
O álbum é um show, literalmente. Conta com músicas como Too Much Monkey Bussiness, Jhonny B. Goode, Sweet Little Sixteen e Maybellene que são bem famosas e estão entre as minhas favoritas. Recomendo que ouçam tudo e se deliciem!
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