Se você bateu o olho no ‘conhecendo’ da vez e se perguntou quem é esse? ótimo! Você vai conhecer o Victor Mus praticamente junto com o Yellow, então. Bora?
Há algumas semanas, o material sobre o EP novo do Victor chegou para o blog. Os leitores assíduos sabem que música nacional é pouco comum por aqui e autoral também. Mas quando Chão de Terra começou a tocar, achei que era uma boa oportunidade para mudar um pouquinho esse cenário.
Antes de mais nada, quem é Victor Mus?
Victor Mendes é natural do Rio de Janeiro, aquela cidade maravilhosa. Tem 25 anos e está há 11 anos na cena. Faz as contas. O cara começou novinho novinho, como vocalista em bandas de rock! O sonho de muita gente, né?
Mas o sonho dele começou a tomar mais forma recentemente, quando encontrou apoio da Rebuliço para batalhar pelo seu lugar ao sol e a parceria vai dando certo. Ainda no ano passado, Victor Mus foi selecionado pela Secretaria de Cultura do Rio como um dos integrantes da programação cultural dos Jogos Olímpicos e foi convidado para a coletânea “Garimpo”, do Brasileiríssimos, junto com outras 10 apostas da MPB.
Uma MPB nova e pop
Victor Mus começou no rock e, ao longo do caminho, colheu influências que se reúnem no Chão de Terra, trazendo um som que pode ser classificado como uma MPB pop e versátil. Um pouco de reggae, soul, folk e música regional fazem a mistura que apresenta o artista para nós.
Isso, somado ao tom pessoal de suas letras que apresentam sua visão de mundo, falam sobre suas raízes étnicas e as relações humanas. Tudo de um jeito muito poético: algo que chamou muito a minha atenção.
A poesia em Chão de Terra
Por que a poesia das letras de Victor Mus chamou a minha atenção? Como já dito, o nacional não é o meu forte. Por vezes, o que chega de novo até mim não consegue ter o mesmo apelo que músicas mais antigas tem. É questão de gosto mesmo. Quando se canta em português, eu prezo mais ainda por canções que contem histórias, que carreguem significados. E as músicas em Chão de Terra são assim. Vamos a elas?
Enfim, o EP…
Chão de Terra, nome também da faixa de abertura, me foi um começo bastante animador. É animada e com um refrão que logo pega a gente. Em outras palavras, um bom convite para continuar ouvindo o EP. Tem um pouquinho de axé (ouçam para entender) que me envolveu a ponto de eu poder dizer que, provavelmente, é minha favorita. Não significa, porém, que se deva parar por aqui!
Até porque, foi com Preguiça, que é mais suave, que a a poesia das letras de Victor Mus se destacou para mim. Também pudera! A música é uma declaração de amor do rapaz pra sua noiva ♥.
Na sequência, Encrespa é uma celebração da raiz negra do artista que, como muitos a cada dia – e ainda bem – passou a se sentir mais livre para expressar suas origens, sua alegria de ser quem é. E, para além da temática, é divertida de ouvir. Com participação de Luciane Dom, é dessas músicas que deixa a gente com vontade de logo aprender a letra e poder cantar junto. Fora isso, é a faixa mais rock n’ roll do álbum, reparem bem!
Castelo, que tem a letra mais bonita de todas, devolve a leveza e a poesia marcante ao EP. Aliás, o álbum é bem equilibrado nesse sentido. Apesar de temáticas diferentes e influências diferentes a cada faixa, a transição é bem agradável e o produto final é bem coeso. Um salve para o Rodrigo Miguez e demais envolvidos!
Lembram das vezes que eu falei – foram muitas – para ouvirem um álbum completo e na sequência em que ele foi planejado? Pois é 😉
Para fechar, Carambola, que aparece como faixa-bônus. Originalmente lançada em 2015, se encaixa muito bem no EP. Algo que me soa como prova do comprometimento com a construção de toda a sonoridade e identidade musical de Victor Mus.
Para ouvir mais…
Basta escolher a sua plataforma favorita. Tem Chão de Terra no Spotify, no Deezer, no Youtube, disponível para o Groover e para download no site do artista. Não tem desculpa e não vai ter erro 🙂
0 resposta
não conhecia, mas curti a vibe de “Carambola”. acabei de baixar o EP pra ir entendendo com mais calma qual é a dele!
mudando de assunto, valeu por ter recomendado Blue & Lonesome. mês passado finalmente pude ouvir bastante, e realmente é um álbum tremendo (parece até q o tempo não passa pros caras)
Bacana demais, Henri! Depois volta pra contar o que achou do som do Victor 🙂
Sobre Blue & Lonesome, fico feliz que tenhas gostado. Eu não me canso desse álbum e só acho que mais pessoas devem ouvi-lo!
blz, se eu curtir certamente darei o meu parecer aqui 🙂
seria mt bom msm se o Blue & Lonesome fosse mais ouvido, até pq, como você disse, parece um disco de inéditas
Fiquei curiosa pela música..
Achei legal ver algo de ‘descoberta’ por aqui, Lari!
beijos
Que bom que gostou do post, Verinha 🙂
Gostei muito de Carambola, vou ouvir mais músicas no Spotify. Adoro conhecer novos talentos brasileiros. Desejo muito sucesso para ele.
Que bacana, Simone! Vamos seguir de olho no Victor 🙂
Achei o EP muito interessante, acho que o Brasil precisa mais disso.
Que bom que gostou! Sigo acompanhando o Victor desde que postei sobre ele aqui. Acho que tem potencial e espero que o cenário siga acolhendo 🙂
Tô ouvindo o EP, quase acabando. Nao prestei tanto atenção nas letras, mais na sonoridade. Me lembrou uma banda nova, aquela Sinara, conhece? O timbre da voz dele é parecida e a influência reggae também.
Eu gostei e já segui no spotify. Gosto dessas coisas com ritmo.
E um elogio, tu escreve muito bem, sério. (Começou a última faixa agora).
Ei, Andersonn. Que bom que curtiu o som do Victor 🙂 Ainda não conheço Sinara. Na verdade, em razão do seu comentário, corri pra ouvir uns trechinhos aqui. Um pouco mais puxado para o reggae do que o Mus, me pareceu. Depois vou ouvir com mais calma!
E obrigada. Escrever é uma paixão ^^
O single “Sem ar” acho baita som. 😀