Álbum da semana: Bon Iver, Bon Iver

Setembro começou de um jeito estranho, né? Já estamos na terceira semana, mas é apenas o segundo álbum que aparece como indicação porque o mês começou já numa quinta-feira… Divagações à parte, cá estamos para falar de Bon Iver, Bon Iver!

Minha ideia inicial para essa semana era trazer um artista “novo”, desses que estão, costumeiramente, nos top 100 da vida. Passeie por lá, uma coisa levou à outra e eu acabei parando em Bon Iver. A banda de indie folk norte americana surgiu em 2007, o que significa que não consegui muito bem cumprir meu objetivo, né? Em minha defesa, a maioria dos artistas que foram indicados aqui nos últimos tempos são bem mais antigos. Então, já é um “avanço” nesse sentido 😉

bon-iver
Ouça: Spotify

MOTIVO DA ESCOLHA – Cheguei à Bon Iver, Bon Iver de forma realmente aleatória, ao “acaso”, como já puderam perceber. Mas foi o som que me fez encerrar as buscas e declarar que havia encontrado a indicação da semana.

É comum, embora não-intencional, que eu recorra ao indie em busca de um som mais atual. O problema é que, geralmente, esses artistas “indie pop/pop rock” de hoje me cansam logo. Alguns, que trouxe aqui pro Yellow em outras épocas, há tempos não tocam por aqui.

Bon Iver, Bon Iver me aparentou ter outro potencial. Justin Vernon, idealizador-criador-vocalista-etc, consegue colocar alma nas canções e voz. Há uma profundidade atraente e reflexiva na sonoridade desse álbum.

POR QUE OUVIR? Quando Vernon apareceu com esse segundo álbum, ele já havia se tornado nome conhecido com For Emma, Forever ago (2007), dito um dos melhores álbuns de estreia dos tempos recentes. Em Bon Iver, Bon Iver, ele vai além em todos os sentidos. É justamente aquilo que se espera de um artista – no meu caso, sobretudo dessa turma mais nova – na esperança de que evoluam e façam música de qualidade para se manterem com relevância não-apenas-comercial no cenário.

álbum da semana adota, também, recursos pop e passeia pelo experimental. Li algo sobre pop barroco enquanto ouvia o álbum e apesar de não saber quando vou utilizar (leia identificar) essa característica novamente, é algo perceptível aqui.

Cada faixa do álbum remete a um lugar – ainda que irreal, tal como Michicant (Michigan) -, mas que se apresentam mais como estados de espírito. A sonoridade flui perfeitamente e Bon Iver, Bon Iver parece te afundar cada vez mais dentro do que quer que seja essa viagem a que ele convida; reflexão, melancolia, abstração…

No fim das contas, um álbum que rendeu a Justin Vernon o prêmio de Artista Revelação Melhor Album Alternativo. Meus destaques são Minnesota, WI, Holocene, a já citada Michicant Calgary. 

Mais? Foi um cover de Skinny Love, do Bon Iver, que colocou o nome da Birdy em destaque no cenário musical + o terceiro álbum da banda está a caminho. 22, A Milion chega no final do mês e a gente já pode ter um gostinho – que apresenta o lado folktronic – com a faixa 33″GOD”.

Informações

LANÇAMENTO: 17 de junho de 2011
Segundo álbum de estúdio

FAIXAS:

1. Perth
2. Minnesota, WI
3. Holocene
4. Towers
5. Michicant
6. Hinnom, TX
7. Wash
8. Calgary
9. Lisbon, OH
10. Beth/Rest

11 respostas

    1. Bacana que você tenha curtido, Henri!
      Eu ouvi uma das colaborações dele com Kanye e vai por um caminho que eu não curto muito. Gosto pessoal mesmo. Mas me faz pensar o que vem no próximo álbum do Bon Iver que vai incorporar o eletrônico, né! Veremos… Sai 30 de setembro, salvo engano.

  1. Posso ser realista, Lari?!
    Tenho um pouco de preguiça de Bon Iver..
    acho que porque percebo muito ‘mais do mesmo’ nele, sabe?
    Aliás, dica de post: mais do mesmo.. (aliás, você concorda com isso em alguns casos?)
    beijos♥

    1. Gostei da ideia, Verinha. Eu sou péssima para trazer as coisas à mente, buscar na lembrança quem eu considerei “mais do mesmo” em algum momento. Mas, vou prestar atenção e, quem sabe, o post sai!
      Sobre Bon Iver, meu contato com ele é esse e é bem recente. Eu acabei gostando e sempre acho que o timing conta. Vai ver, foi porque é diferente daquilo que eu ando ouvindo ou simplesmente gostei mesmo, haha 🙂 Entendo seu lado!

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