Álbum da semana: Banga

Último álbum da semana de julho e o tempo não para….! Apesar do trocadilho não-intencional, não iremos falar de Cazuza hoje. Gostei tanto da reação de vocês na semana passada, quando me arrisquei indicando Iggy Pop que decidi me arriscar de novo! Prontos para a poetisa do punkPatti Smith, senhoras e senhores:

banga
Ouça: Spotify

MOTIVO DA ESCOLHA – Juro que isso de trazer punk depois de proto-punk não foi intencional. Começar a semana passada com Raw Power me levou a ouvir e escrever sobre Lust for Lifea ouvir outros artistas relacionados, até que cheguei à Banga, o mais “recente” álbum de estúdio da Patti.

Quando se fala nela, é comum lembrar de Horses – seu maior sucesso de todos os tempos. É comum pensar Because the Night ou em People Have The Power. Mas ai conheci Banga e pensei “por que diabos ninguém me falou sobre esse álbum antes?”

Obviamente, à época do lançamento, foram feitas várias análises de Banga, mas eu mal me lembro onde estava em 2012. E, talvez, fosse agora o exato momento para que eu ouvisse e o sentisse tão maravilhoso *-*

POR QUE OUVIR? Patti tinha 65, 66 anos quando Banga chegou para nós. É um sopro de vida pensar nisso. Logo na primeira faixa, Amerigo, percebemos o porque da alcunha poetiza do punk e percebemos que, sim, a essência nunca se perde.

Faixa após faixa, com destaque para o single April Fool e as faixas Mosaic Nine (minhas favoritas), percebemos que a genialidade também não se perdeu. Smith se propôs a nos entregar um álbum sobre a experiência humana, inspirada em seus sonhos e observações; algo que soa complexo, mas com a leveza que o nosso tempo, por vezes, exige.

O que quero dizer com isso é que Patti conseguiu entregar um material de qualidade e conteúdo num momento em que parece difícil fazer isso. Com Banga ela tirou de letra 😉

Todas as faixas, exceto After the Gold Rush (Neil Young) foram escritas por Smith. Em ocasião da data – sábado completaram 5 anos desde ela se foi – vale citar que This Is The Girl foi escrita em memória de Amy Winehouse. 

Informações

LANÇAMENTO: 1° de junho de 2012
décimo primeiro álbum de estúdio da cantora

FAIXAS:

1. Amerigo
2. April Fool
3. Fuji-san
4. This Is the Girl
5. Banga
6. Maria
7. Mosaic
8. Tarkovsky (The Second Stop is Jupiter)
9. Nine
10. Seneca
11. Constantine’s Dream
12. After the Gold Rush

*Para ouvir, selecione a opção disponível na legenda da imagem da capa do álbum ou faça uma pesquisa no serviço de streaming de sua preferência. Não encontrei uma versão completa no youtube 😉

15 respostas

  1. Essa mulher deve ser sensacional, meu Deus!! Irei escutar o álbum assim que tiver a oportunidade, com certeza, amei a indicação Lari *-* amo conhecer estilos de músicas diferentes e cantores novos hehe. Depois volto aqui pra te dizer o que achei :))
    Um beijão!! 😘💕

    1. Ela é, viu, Nat!!
      Em breve, vou refazer um texto sobre um livro que ela escreveu e postar aqui. Espero que te deixe ainda mais animada para conhecer mais de Patti. Ela é dessas que a gente torce pra viver e produzir por muitos anos ainda 🙂 Vou ficar esperando por sua opinião.
      Beijoo!

  2. Lari fiquei muito empolgada com esse álbum, ouvi ele inteirinho na esperança de que Patti Smith seria irado. E você venceu, ela é demais. Vou aproveitar e ouvir os demais. Se conhecer outros artistas com essa mesma semelhança, me avise. Estarei ansiosa para me sacudir ou me concentrar. Obrigada pela recomendação, acho surpreendente os álbuns que você indica. 😀

    1. Comecei a ler seu comentário e longo pensei, “ixii, ela acabou não gostando”, haha! Tô feliz demais que você curtiu desse tanto 🙂 Eu sou péssima pra fazer associações entre artistas, mas vou manter isso em mente. Ai, quando escutar algo que me lembrar Patti/Banga, te aviso.
      Beijooo e obrigada *-*

  3. Outro grande disco. Acho que só não é mais comemorado porque é raro mesmo que se fale dos discos mais recentes dos músicos antigos. Mesmo quando são bons, sempre tem um que diga que não é como antigamente, ou que é mais do mesmo. Até quando não é verdade. Banga, acho, foi o disco que a Patti fez com mais vontade, com o máximo do talento dela. Bem único, também. Soa como um álbum da “maturidade”, o que é raro no rock, tão associado com juventude.

    1. Você me fez pensar numa coisa… Banga é ótimo e, talvez, tivesse mais prestígio se os tempos fossem outros ou se a forma de se tratar música hoje fosse outra (menos medida pela influência dos fãs nas redes sociais). É um álbum maduro e com um frescor interessante, né?! Será que ela sabia que tinha talento pra entregar algo assim, a essa altura? 😉

      1. É uma mistura de fatores, né? Patti Smith é uma desconhecida na nova geração, mesmo ela sendo tão contemporânea ainda, e seja tão importante pra música. Mas acredito que com o filme sobre o Mapplethorpe e a série (vai ser série?) de Just Kids ela vá ressurgir. Tomara.
        Tem toda razão, Banga é um disco que só poderia acontecer nesse ponto da carreira dela. Com toda a liberdade que ela conquistou e conhecimento que adquiriu. Parece intencional.

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