Desculpe, City and Colour. Te subestimei

City and Colour está no Brasil (quase indo embora já) e só agora, pela primeira vez,  eu decidi dedicar um tempo a ouvir todos os álbuns (de estúdio) já lançados. Feito isso, posso dizer: desculpe, City and Colour. Te subestimei!

City and Colour é um projeto do canadense Dallas Green, que teve início em 2004. Traz um pouco de indie, de alternativo e de experimentação. Algumas publicações resumem tudo isso a um folk rock, provavelmente por causa do álbum Bring Me Your Love – um de meus favoritos. Ainda assim, é preciso saber que eles vão além…

Comecemos do começo, certo?!  Sometimes foi lançado em 2005, como resultado da junção de músicas que Dallas já havia apresentado pela internet. Desde aquela época, ele dizia que o melhor tipo de música é a música triste. Acho difícil discordar e Dallas cumpre bem essa premissa. Apesar disso, poucas músicas do álbum entrariam para a minha lista de favoritas.

Aliás, esse primeiro contato me desanimou um pouco e, talvez, isso tenha contribuído para uma surpresa bem mais agradável com o já citado Bring Me Your Love (2008). Foi o primeiro álbum gravado com uma banda e isso possibilitou a inclusão de vários outros instrumentos, ditando um tom mais folk e mostrando aquilo que um projeto pode ter de melhor: experimentação.

Little Hell veio em 2011 e, apesar de lado triste seguir presente, acredito que esse seja o álbum mais animado até aqui. Por mais que o projeto esteja aberto a uma reinvenção constante, retirando ou colocando novos elementos, esse álbum me pareceu uma consolidação do que havia sido apresentado antes. Como um todo, me soa mais agradável, consistente e musicalmente mais maduro. É, provavelmente, o meu favorito absoluto.

Dallas e seu City and Colour conquistaram sua fanbase ainda quando estava apenas na internet. A lealdade desse pessoal sempre foi fundamental para a continuidade e crescimento do projeto. O caminho natural levou ao envolvimento com artistas maiores, como a Pink e uma turnê com o Biffy Clyro.

O quarto álbum, The Hurry and the Harm (2013) veio nesse embalo.É um álbum bom. Parece ser ainda mais bem produzido e comercial do que o anterior, mantendo a essência melancólica que o City and Colour apresenta desde o início.

Para fechar, um resumo que nos leva ao último álbum (so far): Há, após o momento inicial – e talvez despretensioso – do projeto, um período de experimentações e descobertas que levaram a um amadurecimento da música e proposta do City and Colour. O crescimento não alterou a essência, apenas agregou maior potencial comercial e o resultado é If I Should Go Before You (2015). Dentre as opiniões, a de que esse seria o melhor trabalho de Dallas Green até o momento!

Espero que vocês tenham ouvido ou escolham ouvir (e ver) ao menos uma das músicas que destaquei com os vídeos. Para todas, menos para a última, consegui boas versões ao vivo. Eu gosto bastante desse clima liveacústico.  Apesar de ser “diferente” o vídeo para Wasted Love não fica pra trás. Como podem perceber, é o oficial 🙂
Para quem quiser ouvir mais: Exceto por Litte Hell, todos os outros álbuns estão disponíveis no Spotify. Então, provavelmente também estão nos outros serviços de streaming. Há, também, a opção que é a favorita da maioria dos leitores: o youtube. 

Enjoy!

8 respostas

  1. Interesting find. The first four songs are so so (I don’t think I’m in the mood for the style right now), but Wasted Love is a great song! Thanks for posting these. Have a great weekend!

    1. I was not sure I was in the mood for City and Colour, at first. There were slower songs that I just had to skip. But as we said and know, we really need to be in the mood for some things! Glad you liked Wasted Love. It is enough for me 🙂 Have a great weekend you too!

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