Sobre Pearl Jam em BH

Hello, frendz! Quando escrevi o post com músicas Para mudar o mundo não esperava viver o que o Pearl Jam  proporcionou às 42 mil pessoas que foram ao Mineirão, na sexta-feira.

Foi aqui, na minha Belo Horizonte, que Eddie Vedder – o cara mais gentil que eu já vi ao vivo – se esforçou muito no português para falar sobre o desastre de Mariana. Para nos dar um exemplo, um tapa de luvas… Além do discurso, a banda informou que doará o cachê do show para as vítimas do desastre.

Quando ouvi de gringos aquilo que esperava ter ouvido de tantos notáveis brasileiros sobre a maior tragédia ambiental do país, eu agradeci e engoli a seco o sabor agridoce daquela momento. Todos aplaudimos.

O show – Marcado para às 20h30, o show começou com um pequeno atraso e quando o Mineirão ainda não estava lotado. Para quem não sabe, Belo Horizonte não é rota dos grandes shows no país. Gradativamente, mais bandas estão vindo para cá e é por isso que torço tanto por casa cheia. Faz a banda pensar que vale a pena voltar…

Vou me surpreender muito se, algum dia, o Pearl Jam disser que esse show em BH não valeu a pena. A apresentação dos caras foi impecável e superou minhas expectativas. Sem dúvida, os 25 anos de estrada permitem que os caras enlouqueçam no palco, nos enlouqueçam na platéia e terminem o show com a sensação de que, no meio dessa loucura, saiu tudo conforme planejado.

PJ não é minha banda favorita, mas eu estava na expectativa para ver ao vivo, pela primeira vez, uma banda do movimento grunge de Seattle. Certamente, algo que nunca irei esquecer.

Vedder e companhia sabem muito bem montar o set listmantendo agradável equilíbrio entre as músicas do velho-novo álbum, Lightning Bolt, as favoritas e raridades dos outros nove álbuns.


 

Da arquibancada – Sair da pista foi uma experiência nova para mim. O valor das entradas foi o principal motivo que me fez escolher ir de arquibancada. O show do Pearl Jam teve ingressos mais caros que o do Foo Fighters (minha banda viva favorita) e ainda teremos, num futuro próximo, outros shows que pretendo ir…

Pontos positivos: 

  • Como previsto, tivemos três horas de show e, certamente, a gente se cansa bem menos estando na arquibancada.
  • A qualidade do som foi ajustada ainda durante a primeira música e, portanto, a distância não prejudicou nesse sentido.
  • Os telões exibiam não só trechos do show, mas lindas imagens de Belo Horizonte, em preto e branco. Preciso desse vídeo! <3 Não sei se da pista eu poderia prestar atenção nisso ou ver como a iluminação e composição do palco contribuíram para  espetáculo.
  • Como arquibancadas são “escadas” não tem como ninguém ficar na sua frente, te tampando. Assim, mesmo que de longe, é possível ver o palco o tempo todo.
  • É legal também para quem, como eu, gosta de observar o comportamento das pistas e ter um panorama mais completo do espetáculo. É dali que cenas lindas podem ser melhor apreciadas:

OBS: Peguei esse vídeo com apenas um trecho porque queria mostrar a vocês uma visão parecida com a que eu tive lá do alto.

Imagine foi um dos covers da noite, em homenagem às vítimas de Paris. Os outros foram: Rain (The Beatles), I Want You So Hard (Eagles of Death Metal), Eruption (Van Halen), Comfortably Numb (Pink Floyd), Sonic Reducer (Dead Boys) e Rockin’ in the Free World (Neil Young).

Pontos negativos: 

  • Nem todas as pessoas escolhem ir de arquibancada por falta de verba. Claramente, tem gente ali que não é fã, que está acompanhando alguém e não liga muito para o show. Foi preciso dar passagem para essas pessoas inúmeras vezes: são os “compradores de cerveja da galera” que simplesmente não param quietos no lugar!
  • Se a arquibancada deixa a gente mais descansado, também nos deixa um pouco distantes daquela energia que só quem está na pista tem! (A verdade, porém, é que a sintonia entre o público e a banda pode ser sentida de qualquer lugar do Gigante).

Nas três horas – o maior show que já fui – o PJ tocou 36 músicas. Dentre elas, estão os covers listados anteriormente. O destaque é para um #ficadica que já compartilhei no Yellow antes: estejam atentos às influências dos artistas que vocês gostam. Há boas chances de descobrir “novas” e excelentes bandas e compreender melhor o trabalho dos caras que você já acompanha. Além disso, te faz ser parte completamente integrante de um show como esse 🙂

Aqui, o crowdalbum do show que, como o nome indica, é feito com as fotos e vídeos enviados pela galera que esteve no show.
Tirei de lá a foto que ilustra o post, feita pelo @weesley_ms (Instagram)

Sobre o evento – Sim, BH será lembrada e se lembrará eternamente da Copa de 2014 por ser a cidade do 7×1. Mas, se há algo de muito positivo que o Mundial trouxe é o novo Mineirão como espaço para grandes shows. A cada apresentação, a estrutura parece melhorar e tudo isso contribui para que tenhamos mais e mais bandas se apresentando por aqui.

Cheguei tarde e não peguei fila. Meus amigos garantiram, antecipadamente, entrada para o estacionamento e isso facilita muito a vida de quem vai de carro.

Quem é de fora ou não está acostumado com o Mineirão pode ter ficado um pouco perdido na caminhada em volta do estádio até a entrada certa, de acordo com cada setor.

Sobre alimentação, os preços seguem altos (normal), mas mais em conta do que em outros eventos que estive ali. O que achei ruim foi que os bares (tanto o de comida quanto o de bebida) já haviam fechado ao final do show.

HEY! Em função desse post especial sobre o show, o #álbumdasemana será na quarta-feira. Até lá!

0 resposta

  1. Lari,
    disseram que as vendas dos ingressos deles, em todas as cidades, foi meio fiasco, mas é bom ter um panorama de pontos positivos, pra quem pensa em ir em shows assim: sem grandes vendas mas em estádios, com bandas grandiosas!
    Beijos!

    1. Pra ser sincera, Vera, eu nem vi sobre o público dos shows nas outras cidades, mas aqui encheu. Realmente, fizeram até promoção para vender os ingressos do setor superior da arquibancada, mas os outros se esgotaram naturalmente.
      Fiquei curiosa, depois vou ver como foi em nos outros locais.
      Beijos

  2. Foi maaaaaravilhoso! Impecável. Eu acabei ganhando um ingresso e por isso não fui de pista, mas dava tudo para estar no meio da multidão nesse show e sentir a energia de perto. Adorei sua critica e avaliações. Sobre os bares, o que achei mais absurdo é que os camarotes eram open bar e não tinha água!!!! Só bebedouro. Fora isso, perfeito ❤ e linda a atitude da banda em doar o cachê. Enquanto isso os artistas brasileiros aprovam milhões nas leis de incentivo para bancar suas turnês 🙁

    1. Sabe que, no fim das contas, eu realmente gostei da experiência na arquibancada. Pista é outra história, mas não perdi muito, acho!
      Essa diferença de postura entre o PJ e os artistas brasileiros (e também de outros notáveis daqui) é que me deixou com um gosto meio amargo na boca. É chato que o exemplo tenha precisado vir de fora… Enfim, que sirva de aprendizado!
      Obrigada pelo comentário, Gabi. É sempre bom te ver por aqui! :*

  3. Em SP foi similar, só que com 65 mil. Eu achei meio sem energia, apesar de milhares de pessoas acharem o contrário. Eles intercalam as músicas para controlar a euforia. Medida de segurança. O Foo Fighters fez show menor no começo do ano, no mesmo Murumbi, e empolgou muito mais. Só pra registrar.

    1. Olha, FF é minha banda favorita e é impossível que algum show supere para mim a experiência de vê-los ao vivo.
      Mas, achei o show do Pearl Jam muito bom sim e o estilo é diferente. FF é mais enérgico. Além disso, realmente não acho que intercalaram músicas por questão de segurança. Acredito que artistas de longa carreira, que fazem shows completos optam por essa estratégia pra deixar a apresentação mais redonda…

  4. Que bacana deve ter sido! :”)
    Sempre tem os formiguinhas que não param quieto no lugar, seja em show, cinema, teatro, barzinho hahah é sempre assim 😛
    Acredito que teve muita interação do pessoal e isso que deixa o show mais gostoso ^-^ haha
    Beijinho! :*

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