No "olho do furacão" do Rock in Rio!

Yellow Convida Claudio Guimarães para falar de sua experiência no Rock in Rio 2015. Ele esteve presente nos três primeiros dias do festival e conta aqui um pouco dos shows e traz dicas valiosas para quem estará por lá para a “segunda parte” do festival ou (como eu) em 2017. Confere ai!

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Foto: Reprodução/Instagram @rockinrio
Foto: Reprodução/Instagram @rockinrio

Depois de acompanhar no “olho do furacão” os três primeiros dias do Rock In Rio tirei uma folga para acalmar as ideias.  Agora estou à frente do computador para contar a vocês o que vi na primeira parte dos shows que comemoram os 30 anos do evento.

O Queen e o Tornado

Confesso que fui ao primeiro dia com a sensação de que veria cover de uma das maiores bandas de rock de todos os tempos. Brinquei demais com esse panorama. Freddie Mercure era a voz e o coração do Queen. Inimitável e inigualável. A primeira tentativa de  se fazer algo parecido com o que aconteceria no palco do Rock In Rio foi com Paul Rodgers e naufragou.

Aí surgiu a figura de Adam Lambert. Diz a lenda que Brian May e Roger Taylor tinham arquivado a ideia de voltar ao palco com o Queen. Até que os fãs começaram a observar a figura do norte-americano Adam Lambert. O cantor foi vice campeão da oitava temporada do programa American Idol e suas performances instigaram os fãs que mandaram vídeos para May e Taylor. Os caras compraram a briga e toparam o desafio e Adam Lambert assumiu a “batata quente” de subir ao palco do Rock In Rio como frontman de uma da banda.

Foto: Reprodução/Instagram @adamlambert
Foto: Reprodução/Instagram @adamlambert

E Lambert foi lá. Eu esperava trejeitos de Freedy e uma imitação forçada. Porém, isso não aconteceu. O cantor, com idade para ser filho das feras que estavam ao lado dele encarando 85 mil pessoas curiosas, se revelou. Tá certo que deu passinhos de Michael Jackson e gritinhos no início que assustaram um pouco a galera. Parece que foi pra quebrar o gelo.

Mas Lambert foi grande. Mostrou personalidade e criou o estilo próprio de interpretar as músicas do Queen. Foi humilde ao não assumir a brutal responsabilidade de puxar o coro em “Love of My Life” que ficou por conta de May. Roger Taylor também assumiu o vocal em outro sucesso “Kind of Magic”.

Quem viu o show de pertinho se surpreendeu e eu queimei a língua. O garoto foi gigante ao assumir e bem a função de ser a voz do Queen. Não esqueceu de Freddie mas também não o copiou.

O furacão “Tornado”

Antes de Lambert ser o grande nome da primeira noite do Rock In Rio, um brasileiro chamou a atenção no Palco Sunset. Aos 85 anos, Toni Tornado botou todo mundo para dançar durante a participação dele no show do Ira. Foi emocionante! Aquela figura gigantesca no palco chamou a galera para dançar, fez o pessoal sair do chão com muito ritmo e suingue. E fechou a participação dele cantando a colossal “BR3” com o filho Lincoln Tornado.

Motorocker ou AC/DC brasileiro?

A surpresa do segundo dia aconteceu no Palco da Rock Street. Enquanto os shows do Palco Mundo não emplacavam e não empolgavam o público, o jeito era circular pela cidade do rock. Minha esposa deu uma sacada excepcional. Vamos ver o Motorocker! Chegamos no local e o show já tinha começado.

Os paranaenses mandaram ver! A principio, o público era, em sua maioria, de pessoas que vieram de Curitiba. Aos poucos, a voz do vocalista, parecidíssima com a de Brian Johnson começou a chamar a atenção de quem passava pelo local. E a galera parou pra ver!

Não só parou como curtiu! Dançou, cantou e conheceu um repertório próprio com letras bacanas e um “quêzinho” de AC/DC. Recomendo uma pesquisa rápida nas mídias sociais para curtir esse som que foi, pra mim a grata surpresa brasileira do festival.

Foto: Reprodução/Instagram @babysucessos
Foto: Reprodução/Instagram @babysucessos

Um verdadeiro baile!

Eu fui ao Rock In Rio 2015 para ver o Metallica. Dizem as más línguas que eles foram confundidos com o Nirvana. Mas, tudo bem. No entanto, o terceiro dia do festival foi muito bom.

Os Paralamas levaram a celebração dos  30 anos de carreira para o Palco Mundo e botaram todo mundo pra dançar.

Baby Consuelo e Pepeu Gomes fizeram um show magistral no Sunset e emocionaram o público de todas as idades que compareceu por lá.

Seal foi a descendente do dia com um show frio e fora da curva. Parece que foi o tempo necessário para o pessoal respirar e curtir os gigantes Elton John e Rod Stewart. Valeu por ver fãs de todas as décadas se divertindo ao som dos dois craques da música pop mundial!

#FicaDica

Tem mais Rock in Rio começando HOJE! Se você vai ou conhece alguém que estará por lá, repasse essas dicas de quem esteve no festival. 

A Nota 10 para o serviço Primeira Classe de transporte ao Rock In Rio. Você pega o ônibus em pontos previamente marcados e os ônibus param dentro do Riocentro a menos de 500 metro da Cidade do Rock. Uma mão na roda. No final, você pega de volta no mesmo local e não se preocupa em andar até o longínquo ponto do BRT. Ônibus novos e muito confortáveis. Aplausos de pé!

A dica valiosa! Se você quiser comer bem e com tranquilidade dentro da Cidade do Rock deve remar contra a maré. Vou explicar! Enquanto rola um show no Palco Sunset aproveite para ir até a Rock Street do outro lado do local. Quando acabar tudo no Sunset, faça o movimento contrário e migre para os bares e lojas existentes na região do palco. Aí ficará vazio e você pode até tirar um cochilo no gramado após se fartar de pizzas, hambúrgueres, comida japonesa e até mexicana!

Garimpe! Se quiser comprar lembranças do festival não faça logo de cara. Circule, garimpe. Você encontrará camisetas e até moletons com preços entre R$ 40 e R$ 80. Não se empolgue com tudo o que ver para não ficar sem grana depois.

Cuidado! O alerta vai para o palco do karaoke da Pepsi que fica em frente à Capela onde acontecem os casamentos, entrada da Rock Street, na Cidade do Rock. Ali acontecem congestionamentos de pessoas. Você precisa ficar atento aos seus pertences e ter muita paciência para vencer o obstáculo.

No mais, Rock In Rio é diversão garantida! 2017 voltarei!

\o/

0 resposta

  1. Nem nos shows a gente tá livre das maldades do pessoal 🙁 haha triste realidade.
    Legal isso do Lambert, acho muito mais valido quando alguem tem sua propria personalidade e, apesar de estar tentando recriar um “mito”, sabe que nao é igual e reconhece isso!
    =**

    1. Séculos depois, cá estou eu respondendo os comentários desse post porque só agora percebi que não tinha feito isso ainda! 😮
      Acho que Lambert muito corajoso. Ele sabe que não teria como evitar comparações e que, obviamente, estaria tentando preencher um espaço muuito difícil de ser preenchido. Mas foi, na cara, na coragem e na humildade. E fez muito bem. Com consciência do seu lugar. Isso é ótimo!

    1. Séculos depois, cá estou eu respondendo os comentários desse post porque só agora percebi que não tinha feito isso ainda! 😮
      Os relatos também me deixaram super animada. Morar longe dos lugares onde esses eventos acontecem sempre traz complicações para mim, mas tentarei sim ir no próximo…

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